É preciso mudar!

POR PAULO CAMINHA (*)
Jornalista

Assistindo uma reportagem sobre a forma que os presos são tratados nas prisões americanas, percebi o quanto somos diferentes em termos de rigidez e ressocialização. Fiquei impressionado como eles procuram dar exemplos práticos que busquem a mudança de comportamento daqueles que praticam delitos simples e principalmente para os que cometem crimes bárbaros.

Existe um xerife famoso de nome Joe Arpaio, do Estado do Arizona, que criou a chamada prisão acampamento na qual os presos são tratados como deveriam ser em toda prisão até porque cometeram crimes e devem pagar por eles. Lá o Xerife colocou ordem suspendendo cafezinho, cortando a TV sendo permitido somente o canal do tempo e o da Disney, permite só vídeos religiosos, suspendeu revistas pornográficas e proibiu o cigarro. Conseguiu baixar o custo da comida para quarenta centavos colocando os presos para trabalharem em construções, estradas e projetos comunitários com o intuito de mostrar que o crime não compensa. E o que é mais interessante é tem estados que não concordam com crimes bárbaros e implementaram a pena de morte e punem adolescentes a partir dos 10 anos de idade.

Aqui no Brasil, além dos presos não terem nada disso ainda dispõem de um auxílio prisão que lhe garantem um salário para a família incentivando ainda mais a criminalidade, sem falar nas nossas leis que são altamente protetoras gerando diversas "brechas" para a impunidade, além do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que dá o aval para que menores de 18 anos pratiquem crimes e protejam bandidos sem serem importunados ou punidos.

Não sabemos se aqui no Brasil esse modelo americano daria certo por completo, mas uma coisa é certa, do jeito que está não pode continuar. Temos que mudar alguma coisa, inclusive as leis que são brandas demais e não punem da forma que deveriam. Fato!

(*) Sobre o Autor - PAULO CAMINHA é jornalista e doutor em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP). Paulo Caminha é jornalista profissional desde 1980. Trabalhou em praticamente todos os principais veículos da imprensa brasileira (jornais, revistas e redes de TV). Atualmente é jornalista e professor universitário aposentado.

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