01/06/2013

Quem ama, mata?



Por PAULO CAMINHA
Jornalista

Leitor (a) você teria coragem de matar quem você ama? Aquela que te faz feliz, que provoca saudades quando está distante, seria alvo dos tiros de um revólver? Provavelmente ela nunca morreria pelas tuas mãos. Mas por que existem pessoas autoras de crimes de amor? Caso do cantor Lindomar Castilho, do jornalista Pimenta Neves, da atriz Dorina Durval, do ator Guilherme de Pádua, Elize Matsunaga, Adriano e Adriana (fotos). Eles amariam de fato ou tinham medo de ficar só?

Os sentimentos são difíceis de mexer. Às vezes alguém está apaixonado por outra pessoa, mas procura esconder. Quando fica próximo, trata com desprezo. Para delírio da psicologia, procura chamar atenção deste modo. Mostrar que pretende compartilhar de sua companhia.Já existem pessoas que confundem o amor com escravidão.Tentam absorver o amado (a) com ciúme doentio.O atraso de segundos em casa ou no trabalho, transforma em suspeitas.Até em morte ou agressões.

Por que nasce essa vontade de matar alguém, que tempos atrás trazia alegria ao coração? Quando se ama, tudo na vida torna-se fácil.Mesmo as tarefas mais difíceis são desempenhadas com facilidade. Tudo por causa do fogo da paixão.Qual o mistério de transformar esse sentimento em ódio.A ponto de atirar várias vezes contra o amado (a) como fez a jovem Elize Matsunaga. Ela imaginava que era traída. Matou seu esposo e não teve chance de saber se de fato ocorrera a traição.

A verdade é que o amor e ódio são irmãos. Andam juntos. A divisão entre ambos é menor que um fio de cabelo. Diversos psicólogos explicam que a raiva excessiva de alguém, significa, ocultamente, a paixão por aquela pessoa.Parece curioso, mas é verdade.No dia-a-dia constatamos esta tese quando nos respondem: “desconhecia esta qualidade existente nele (a).Estou feliz ao seu lado”. São as surpresas causadas pela nossa mente, a qual não aproveitamos nem 20% do seu potencial.

Mas pela beleza da vida e do amor singelo, somente um forte desequilíbrio emocional é motivo para transformar um homem ou mulher pacatos em assassinos. Ninguém, considerado normal pelos padrões da sociedade, pode matar quem ama.Nem as melhores explicações de grandes advogados na defesa dos seus clientes conseguirão apagar a imagem da psicose que se abate sobre estas pessoas.Porque o homem um ser eminentimente social, não nasceu para viver só.Daí, quem ama jamais vai matar o seu amado (a).Nunca.

(*) Sobre o Autor - PAULO CAMINHA é jornalista e doutor em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP). Paulo Caminha é jornalista profissional desde 1980. Trabalhou em praticamente todos os principais veículos da imprensa brasileira (jornais, revistas e redes de TV). Atualmente é jornalista e professor universitário aposentado.

Fale com o Editor: paulorobertodasilvap@yahoo.com.br

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