06/06/2013

Os ídolos e a imprensa



Por PAULO CAMINHA
JORNALISTA

Quando Pelé dedicou seu milésimo gol às crianças abandonadas, a imprensa o massacrou: piegas, demagogo.Mas ninguém fez nada pelas crianças, que continuam abandonadas até hoje.Quando o mesmo Pelé afirmou que o povo não sabia votar, foi mais massacrado ainda:facista, alienado.Mas, anos depois, quando o povo elegeu Dilma Rousseff, a mesma imprensa não se conformou: povo de terceiro mundo, como pode eleger uma candidata como essa? Quando Roberto Carlos declarou que não falava de política, veio o massacre:alienado, brega.Mas, hoje, quando Neymar diz que não quer saber de política, pois está no auge de sua profissão e isso atrapalharia a sua carreira, ninguém se importa.Porém, basta ele se recusar e dar uma entrevista para ser massacrado: estrela, mascarado.É, o tempo passa, os valores mudam, mas parte da imprensa continua igual.Exatamente igual.

Nota do Blog: “A cada boa impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre”.

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