25/03/2012

O que é a felicidade?

MILTON HÊNIO (*)
Médico e Escritor

Na estrada da vida não há paradas. Ou você caminha para a frente, isto é, progride, ou caminha para trás, regride. Se você para, a vida continua e deixa-o à margem. Todas as pessoas têm, como objetivo supremo, a conquista da felicidade. O que seja essa felicidade em termos objetivos, como consegui-la, varia de pessoa para pessoa. “O homem – escreveu Marden – foi criado para ser feliz”. Como se explica, pois, que tanta gente viva infeliz? É que na caminhada da vida saíram dos seus limites. Por vários motivos. Santo Agostinho já lembrava em seus sábios ensinamentos que todas as vezes que você sai dos seus limites sua vida se transforma num inferno. No mundo moderno muitas pessoas querem ter o prazer a qualquer custo em todas as áreas, e então se perdem no caminho, tornando-se infelizes. Vejam alguns dados de 2011: o brasileiro consumiu 13 bilhões de litros de cerveja naquele ano; 44 mil adolescentes morreram em acidentes de moto, carros, ônibus, assassinatos e outras causas antinaturais. Cinco milhões de crianças nasceram filhos do “fiquei” e do “ficou”, a maioria de mães adolescentes na faixa dos 13 aos 19 anos. Como serão essas crianças no futuro sem o amor do pai e o aconchego de um lar? Não conviverão com facilidade, com a felicidade. A felicidade é um estado de espírito, um estado da mente. Devemos buscá-la dentro de nós e não fora. Depende do que “somos” e não do que “temos”. A felicidade depende da busca em atingir objetivos, de um sentido de vida. Temos hoje, no Brasil, 30 milhões de depressivos, que por situações adversas perderam o rumo da estrada, mas que lutam com ansiedade para vencer os obstáculos e voltar a ser felizes. E conseguirão, tenho certeza.

Dizem os psicólogos que a felicidade é o momento presente. Pois bem, eu vivi momentos de intensa felicidade no último dia 19, quando, na sala de parto, recebi em meus braços a minha linda netinha Heloisa (homenagem à bisavó). Os outros avós, minha esposa Myrza, Vaninha e Ronaldo, junto aos pais Cacá e Pollyana, choraram de emoção. Felicidade inaudita. Que a minha querida Heloisa, seja como sua bisavó, uma verdadeira mensageira da paz e do amor. E será, com as benção de Deus. E a vida continua. E cada dia é menos um dia em nossa caminhada terrena. Vamos caminhar e cheios de esperança, sempre que o amor envolva nossos sonhos e realidades. Os sonhos às vezes desfolham-se como o vento, mas a esperança fica esperando ter como companhia a felicidade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi, Paulo , aonde tem o seu livro.?