17/04/2013

Hospital de Canavieiras pede socorro

PAULO CAMINHA (*)
Jornalista Correspondente

Só pode ser muito caro o custo do funcionamento decente e digno de um hospital como o Hospital Regional Regis Pacheco. Agora: Será que esse custo é impagável?

Afinal, um Município como Canavieiras tem ou não tem condições de ter - funcionando decentemente - um hospital como o Hospital Regional Regis Pacheco?
Os fatos estão aí para demonstrar que, das duas, uma: 1) ou não tem; ou 2) tem, mas os governantes, não querem.

Não me vem outra explicação para a situação atual do Hospital Regional Regis Pacheco 107 dias depois do prefeito Almir Melo (PMDB) ter assumido o governo do Município.

Reconheço que ele recebeu o Hospital Regional Regis Pacheco numa situação muito ruim. Deplorável. Uma situação de verdadeira calamidade. Mas, sobre os cem dias do Governo Almir Melo, o quadro só fez piorar, segundo informações.

Não quero acreditar, que essa piora seja uma determinação do prefeito. Até porque não há razão para isso. O povo o consagrou com uma vitória fulminante em 7 de outubro de 2012. O dever do prefeito era, no mínimo, ser grato à generosidade do povo canavieirense; e, - por gratidão - poder chegar hoje, já que não pôde antes, e dizer: "Tá aqui a conseqüência do seu voto. Outra coisa não pude fazer. Mas, hoje, - enfim - posso entregar a Canavieiras um hospital digno do seu povo; um hospital de respeito e que garante ao povo um atendimento com o respeito e a dignidade que merece".

Infelizmente, não é isso que acontece. A conseqüência do voto tão esperançoso que o povo deu ao Prefeito Almir Melo e que está refletida na situação do Hospital Regional Regis Pacheco hoje, desilude, decepciona e desencanta.

Agora, eu não entendo, como é que não tem dinheiro pra dar ao Hospital Regional Regis Pacheco condições dignas de funcionamento e tem pra outros setores do governo que, nem de longe, podem ter a sua importância comparada à importância de um hospital como o Hospital Regional Regis Pacheco.

Não se diz que governar é administrar prioridades? O que, em Canavieiras de hoje é mais prioritário do que o Hospital Regional Regis Pacheco?

Por mim, enquanto não tivesse condições financeiras de garantir um atendimento hospitalar digno no Hospital Regional Regis Pacheco, no seu dia-a-dia, o prefeito não deveria aplicar em qualquer outro setor da administração um único centavo da limitada e insuficiente arrecadação desta pobre Canavieiras.

E mais: Por mim, um governante sério iria lá pra dentro e só sairia quando a coisa estivesse funcionando como o povo merece que funcione.

Descaso - Moradores denunciam que no Hospital Regional Regis Pacheco, mantido pela prefeitura local, falta tudo: médicos, medicamentos, luvas, funcionários, etc. Um verdadeiro descaso!

Acesse: http://paulocaminha1.blogspot.com.br/

3 comentários:

Carlos Antônio disse...

Nós plantamos o que colhemos, e, se vocês o colocaram, que tirem ou apóiem aos que lutam pela grandeza da cidade. Não é possível ficar passívo diante de tamanha vergonha. É imoral e o povo desta cidade, em nome da dignidade, do respeito tem, deve reagir. Já!.



Carlos Santos disse...

Caro Jornalista, não o conheço, porém o parabenizo pelo Blog. Bem informado você vem conseguindo dar informações isentas aos seus leitores. Sou de Canavieras e me sinto tocado pela sua cobrança. Sinto até vergonha, mas lhe confesso, visto a carapuça mas não vou tomar atitude nenhuma. Igual a todos que se calam na defesa dos seus proprios interesses, para no final de algum mês, visto que o prefeito nunca paga em dia, receber alguma migalha de salário ou prestação de serviço. É assim que tem sido e que vai continuar a ser, até porque ninguém conta com ninguém nessa luta. Vou continuar usando máscara para esconder minha vergonha e fazer de conta que nada está acontecendo e que Canavieiras está muito feliz. Um dia, meu filho que ainda é pequeno, me jogará isso na cara, eu sei. Obrigado.

Maria do Carmo disse...

Vergonha...
Paulo, a sua história é a história de muitos e não é só de Macau. É um espelho do que acontece no País. Todos estamos inertes diante de tanta esculhambação nas três esferas de poder. Mas não é tarde para reagir.