Brasil da impunidade

PAULO CAMINHA (*)
Jornalista

Venho escrevendo repetidas vezes sobre a importância de se mudar as Leis no Brasil. Confesso que ando meio desestimulado por não ver ainda uma sinalização das pessoas responsáveis pela atualização e pelas mudanças que o Código Penal irá sofrer. É muito preocupante esse silêncio e o pouco debate que há no país sobre esse assunto. Não vejo ninguém procurando ouvir a sociedade para saber o que realmente ela quer que se modifique no novo Código. O que vejo são juristas implantando seus pensamentos, facilitando a vida dos advogados através de vários embargos e entravando a justiça com a lentidão de sempre, o que dificulta ainda mais se fazer a justiça que se espera.

Uma prova disso foi o julgamento do caso de "Gil Ruggay" que mesmo sendo condenado há 33 anos de prisão pelo júri por ter confessado que matou cruelmente o seu próprio pai e a madrasta em São Paulo e (pasmem!) saiu livre da cadeia por ter direito de recorrer em liberdade e ainda por cima se for confirmada sua condenação irá cumprir apenas cerca de 3 anos de prisão e ainda por cima terá direito a toda herança do pai que matou. Uma vergonha para nós brasileiros.

Esse é um exemplo clássico da nossa impunidade. As nossas leis infelizmente protegem mais os bandidos do que mesmo a sociedade, outro exemplo é o Estatuto da Criança e do Adolescentes (ECA) que incentiva o menor a ser ruim. Aí temos que "engolir" certas barbaridades calados para não se comprometer por que se não podemos ser penalizados com a morte. Por isso é que a lei do silêncio impera nos quatro cantos. Essa é a mais pura verdade.

Vamos mudar as leis - Bato nessa tecla para ver se nossos representantes de alguma forma escutam o clamor do povo que pede o fim da impunidade e leis mais rígidas. Não podemos mais achar que só com ação da polícia se resolve o problema da insegurança. É preciso punir exemplarmente, modificar as leis é o primeiro caminho. Vamos lá, minha gente! Vamos gritar, se unir e pedir que algo seja feito, porque assim não pode continuar.

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